Um sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter, seguido de pelo menos quatro réplicas fortes, foi registado no Japão às 14.46 horas locais (5.46 horas em Portugal). É o maior sismo no país em 140 anos. Um tsunami de dez metros atingiu a costa de Sendai, no nordeste. A polícia japonesa confirmou que 200 a 300 corpos foram encontrados numa praia em Sendai. O alerta de tsunami foi alargado a todo o Pacífico e a onda já atingiu o Hawai.
foto KYODO/REUTERS |
O primeiro sismo, seguido de pelo menos quatro réplicas fortes, foi registado às 14.46 horas locais (5.46 horas em Portugal continental), a 179 quilómetros a leste de Sendai, ilha de Honshu, e a 382 quilómetros a nordeste de Tóquio e a 24,4 quilómetros de profundidade, informou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS).
Na sequência dos sismos foi gerado um tsunami com ondas de 10 metros que atingiram a região da Sendai. Em Fukushima as ondas atingiram sete metros de altura. Estas ondas vão propagar-se pelo Oceano Pacífico ao longo do dia, devendo atingir a América do Sul ao fim de 21 horas.
O primeiro balanço oficial divulgado pela Polícia Nacional tem vindo a ser actualizado e conta, até agora, com 60 mortos e 56 desaparecidos. Ainda assim, a polícia japonesa, conta a BBC, confirma que encontrou entre 200 a 300 corpos numa praia de Sendai, o que eleva o número de mortes para a casa das centenas. Os feridos são 241. As autoridades japonesas salientam o facto de estarem a ter dificuldade em recolher dados em todas as regiões atingidas.
Pedido de auxilio aos EUA
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O Japão pediu oficialmente ajuda às Forças Armadas norte-americanas que estão estacionadas no arquipélago para que ajudem nas operações de socorro aos sinistrados. Os EUA têm no Japão um contingente de 47 mil homens no âmbito de um acordo de segurança entre os dois países.
A Cruz Vermelha alertou para o facto das ondas geradas pelo sismo terem uma altura superior à de grande número de ilhas do Pacífico, onde foi lançado o alerta de tsunami, tendo ficado de fora apenas a costa dos Estados Unidos e do Canadá. No Chile, no outro extremo do oceano, as autoridades lançaram um apelo à calma e admitem que os efeitos se venham a sentir na sua costa ao final da tarde de hoje.
Nas imagens difundidas pela televisão NHK relativamente ao tsunami, com ondas de dez metros de altura, viam-se carros, camiões, residências e outros edifícios a serem arrastados e destruídos na cidade de Onahama, na prefeitura de Fukushima.
O Centro de Tsunami do Pacífico no Hawai, Estados Unidos, anunciou que foi declarado um alerta de tsunami numa vasta região do Pacífico, que inclui o Japão, a Rússia e as ilhas Marianas. Foi também emitido um alerta de vigilância de tsunami para Guam, Taiwan, Filipinas, Indonésia e Hawai. No Hawai e em Guam, foi dada ordem de evacuação das zonas costeiras e os principais aeroportos foram encerrados por precaução.
População nas ruas de Tóquio
O sismo abanou com violência muitos edifícios de Tóquio, levando os moradores a fugir para as ruas.
O telhado de um edifício desabou no centro da cidade, onde cerca de 600 estudantes participavam numa cerimónia de entrega de diplomas, fazendo numerosos feridos, segundo os bombeiros e os media locais.
A energia eléctrica foi cortada em quatro milhões de lares na capital e arredores. Deflagraram pelo menos 14 incêndios na cidade, um dos quais na refinaria Chiba.
Os transportes também foram afectados - o aeroporto de Narita está encerrado e os passageiros foram evacuados e o aeroporto de Sendai ficou inundado com o tsunami. A agência de notícias Kyodo revela que um comboio de passageiros está desaparecido na sequência do tsunami e que um navio com cem pessoas a bordo foi arrastado pela onda que varreu a costa japonesa.
foto ASAHI/REUTERS |
O governo destacou 900 socorristas para a zona afectada pelo sismo e o primeiro-ministro Naoto Kan dirigiu-se ao país, numa mensagem transmitida pela televisão, para apelar à calma, admitindo a possibilidade de formação de mais tsunamis.
Também em Tóquio, a embaixada de Portugal está atentar contactar os cerca de 500 portugueses registados no Japão, mas para já não há conhecimento de que tenham sido afectados, segundo disse à Lusa Paulo Chaves, conselheiro da embaixada.
As centrais nucleares da costa do Pacífico nas prefeituras de Miyagi e Fukushima, Japão, foram automaticamente desactivadas e as autoridades garantem que estão "seguras". A central de Kashiwazaki-Kariwa, na prefeitura de Niigata, na costa do Mar do Japão, manteve-se em funcionamento.
Na cidade de Sendai, há relatos da explosão de um complexo petroquímico.
in http://jn.pt
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Para quem está na tv não custa a ninguem actualizar-se nos canais de notícias internacionais... CNN, BBC NEWS, Aljazeera... É muito mau...
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